Sambas Portelenses

Aqui você terá facilidade para achar o verdadeiro SAMBA!

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

PORTELA 2021 (Marcos Diniz e cia - Concorrente)


PORTELA 2021
CONCURSO DE SAMBA DE ENREDO


Compositores: Marquinhos Diniz, João Martins, Zé Luiz, Flavinho Bento, Walace Oliveira e Willian Santanna 
Intérpretes: Pixulé e Marquinho Art Samba 

É Baobá 
Tronco forte do destino
Que nas terras de Rufino ganhou forma de Jaqueira
O Canzuá da sagrada criação 
Onde Paulo é Guardião, Orixá de Madureira 
Mas o pilar, que une o céu e a terra, mora
Por onde aflora a cultura ancestral 
Há tantos galhos matizados de lilás
Pra que avó dos orixás viva seu templo Natal
 Quantas sementes desse meu lugar 
Floriram da seiva do axé, Baobá
O Quilombo de Candeia pede Okolofé
Babá Igi Osé

Valei-me Nanã Buruquê! É hora!
Traz flores que Xapanã mandou   
Pra cura da chaga de nossa gente 
Tem reza de Preto Velho, mandinga de Marabô
Das cores de Oxumarê, a copa 
Floresce muzimba, Jeje e Nagô 
Brotam acordes de Paulinho da Viola 
Num amor azul e branco que Monarco me ensinou 

Por esses mares de uma vida inteira 
Corriam rios de sangue 
Quem sabe as dores do Valongo 
Ressoam nas pedras do Mangue
Do chão pisado da Velha Gamboa
Resiste a alma africana 
Árvore sagrada, yorubana
 O embondeiro que guarda a raiz do samba
Onde vi Casquinha, Argemiro e tantos mais
Ogans, yaôs, yabás
Portela é resistência, é meu dever lembrar
Fincada sob os pés de Olorum 
Cajado de Oxalá 
 
Meu baobá é flecha de Odé
Machado de Xangô, axé! 
Se a vida é um jardim, Portela é a flor
Mais perfumada de um poeta sonhador

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